Já tinham me dito que os dinamarqueses são os latinos da escandinávia. Mas eu sempre achei que isso era exagero. Como assim? Nórdicos de sangue quente?
Mas entre uma Tuborg e uma Calsberg e com dois gols na cabeça, até que os caras sabem fazer um bom carnaval.
O dia estava calmo em Kobenhavn. Talvez um pouco calmo demais, como acontece no Brasil antes dos jogos. Cidade meio deserta, quase ninguém nas ruas. Bandeiras nas janelas e nas portas dos restaurantes vazios.
Aí eles começaram a chegar ao cais. Vestidos com a bandeira vermelha e branca.
Quando o jogo começou, já faziam imenso barulho com suas vuvuzelas em frente ao telão montado no pier.
Gol de Camarões. Tensão nos barcos e no rosto dos passantes à beira do cais.
No intervalo, melhor ir apanhar mais umas Tuborg. Se não der para ganhar, pelo menos, ficamos felizes. Surpresa ao saber que a fotógrafa é brasileira.
Quando o árbitro apitou o final da partida a cidade começou a gritar. Uma onda vermelha tomou conta das calçadas e encheu as cadeiras dos bares e restaurantes.
Pararam o trânsito e começaram a buzinar cantando: Olê, olê, olê, olá, Danmark, Danmark.
Já é mais de meia noite e a cidade continua em festa. Buzinas, vuvuzelas e gritos bêbados por toda parte. Parece até que ganharam de goleada.